terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Lotus 56B-Turbina-A grande Mancada de Chapman

Emerson Fittipaldi conta sua primeira experiência com o Lotus movido a turbina





" O momento mais emocionante de todas as experiências que tive até agora com o Lotus-Turbina 56B foi o que passei durante os treinos para a Corrida dos Campeões, em Brands Hatch.


Colin Chapman sabia que o problema dos freios ainda não tinha sido resolvido e que por isso dificilmente eu teria condições de lutar pelos primeiros lugares. Clay Regazzonicom um carro excelente e andando muito bem, acabou vencendo com sua Ferrari 312 B2. Mesmo assim era preciso correr. E logo nas primeiras voltas do treino, com a pista molhada pela chuva, o Turbina 56B se havia mostrado insuperável: com tração nas quatro rodas, eu podia acelerar fundo que ele não se desiquilibrava como nos Formulas 1 normais, de tração nas rodas traseiras. Mas a chuva parou e na pista seca eu tinha de usar os freios cada vez mais, ao mesmo tempo em que ia perdendo nas curvas a vantagem que conseguia nas retas."



Nos treinos com pista molhada


"Como os freios estivessem perdendo a eficiência, parei e pedi aos mecânicos que reajustassem as pastilhas das rodas traseiras. Logo depois lamentei isso. Saí e, quando comecei a frear no fim da reta em descida, as rodas traseiras travaram, o carro virou ao contrário na pista e começou a correr de ré a 280 Km/h. Sem poder fazer outra coisa, virei a cabeça para trás e tentei mantê-lo na pista, correndo como estava. Consegui isso por algum tempo, até que a velocidade foi baixando e ele saiu para a grama. A turbina nem chegou a desligar e eu pude continuar para o boxe, com as pernas bambas por causa do susto."





"Isso, aconteceu na sexta-feira, que havia amanhecido chuvosa e muito fria. com esse tempo, como eu vi depois, oTurbina rende muito mais do que os outros Formula 1. Tive uma prova disso logo nas primeiras voltas, quando consegui o segundo melhor tempo, atrás somente de Jackie Stewart. Mais tarde a chuva parou e os outros carros começaram a descontar na pista seca a vantagem que eu havia conseguido na chuva. Principalmente por causa dos freios, normalmente ruins, que pioravam à medida que esquentavam. Meu tempo havia caido muito e no fim dos treinos acabei ficando em sétimo lugar."


"O dia da corrida, 21 de março, amanheceu nublado, mas sem chuva. Isso acabou com as minhas esperanças. Só cinco dias antes da prova é que Colin Chapman me havia avisado de que eu correria com o Turbina 56B nesse domingo, dia 21 de março. Ele teve boas razões para precipitar a estréia: haveria uma excepcional cobertura jornalística e a Gold Leaf, patrocinadora da equipe, gostaria do lançamento."


"Pouco antes da largada eu pensava no lado negativo dessa estréia: os freios eram ruins e estavam com pastilhas novas, porque as do treino não resistiriam até o fim da corrida. Eu teria de tomar mais cuidado no início para que elas assentassem. Além disso, pela primeira vez o tanque estava com o máximo de 200 litros de querosene e a suspensão esbarrava em dois pontos do circuito."


"Para aumentar os problemas, a BRM de John Miles, que estava na minha frente, afogou. Quando finalmente saímos, o grupo da frente já se havia distanciado. Mesmo assim, só pude andar melhor depois de umas dez voltas, quando as pastilhas dos freios assentaram. Mas, quando o carro começou a andar melhor, a luz de emergência do painel acendeu: o óleo do burrinho traseiro tinha vazado, porque o mecânico deixara a tampa mal colocada. Tive de parar no boxe, feito o reparo, saí de novo e dei quinze voltas procurando frear o mais suavemente possível. Eu tinha um recurso: podia frear e acelerar ao mesmo tempo para que o motor não caísse de giro, mas mesmo assim tinha de reduzir a marcha muito antes dos outros, nas curvas, e perdia terreno. Nas retas, eu procurava usar o melhor possível os 560 HP do Turbine e eliminava um pouco as diferenças, que nas curvas tornavam a aumentar."


"Quando faltavam dezessete voltas para terminar a corrida, a suspensão traseira quebrou, de tanto bater nos dois pontos mais altos da pista, quando o tanque de combustível estava cheio. No final, apesar de tudo, concluímos que o carro tem potencial, porque a estréia foi feita as pressas, num circuito cheio de curvas impróprias para este tipo de carro."






segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um Ilustre Desconhecido: Hermano da Silva Ramos

Segue abaixo a entrevista que ele deu durante uma visita ao Rio em 1956.Hermano da Silva Ramos foi um dos pilotos brasileiros que correram na F1 durante os anos 50 e a sua entrevista pode-se notar bem as diferenças entre a F1 dos anos 50 e a de hoje não apenas pelo aspecto tecnico mas tambem pelo ambiente que existia entre piloto e equipe...


Hermano da Silva Ramos (direita)
.

1956 ... Em visita à familia, aos amigos e a negócio, passou pelo Rio de Janeiro o corredor brasileiro mais conhecido internacionalmente, Hermano da Silva Ramos, referido na imprensa européia e americana por Da Silva.

Hoje capitão da Equipe Gordini, Nanô continua o mesmo esportista sereno e cavalheiro, não obstante a projeção que grangeou no cenário do automobilismo de primeira classe. Convidado pelas fábricas MaseratiFerrari e Bugatti, preferiu permanecer ainda com Amadeo Gordini por mais um ano.



" Amadeo Gordini pode ser considerado o maior entusiasta no mundo das corridas. Luta com grandes dificuldades financeiras, mas é tremendamente respeitado. Devo-lhe meu ingresso no Campeonato Mundial, e por isso continuo com ele. Em 1957 correrei com seu carro de Formula 1, embora creia não ter oportunidade de vitória. Se, entretando esse carro aprovar, devo permanecer na escuderia, pois, como se sabe, em 1958 será cancelada a Formula 2, substituída então pela categoria de 1.500 cc. Se não aprovar, então pensarei em mudar de marca... Em 1957, no entanto, ficarei com ele nas Formulas 1 e 2."

_Disputou muito neste ano que acabou agora ?

" Umas vinte vezes... 1.000 Quilômetros de Paris, Agadir (Casablanca), Dakar, Monte Carlo, 1.000 Quilômetros de Monza, Siracusa, Silverstone, Reims, Caen, Tours, Monthléry, Grande Prêmio da Itália, 24 Horas de Le Mans... etc..."

_Quais são as equipes e marcas para este ano ?

" Peter Collins, De Portago, Castellotti e Musso com Ferrari; Stirling Moss e Schell com Vanwall; Jean Behra, Cesare Perdisa com Maserati; eu, provávelmente Manson, Pilette e Simon com Gordini; McKay Fraser (também brasileiro) , Pollet e o campeão da França de motociclismo, Burgraff, com Lotus, que só correrá na Formula 2; Mike Hawthorn e Tony Brooks com B.R.M só Formula 1; Fairman e Flockart com Connaught e Maurice Trintgnant com Bugatti. Existem bons pilotos novos, como Jo Bonnier, um sueco que mostra ter talento, e Von Trips, alemão, que ainda não estão situados."

_ Quem pode ser o campeão deste ano ?

" Stirling Moss é "Hors Concours", junto com Fangio... O resto se verá..."

_Que acha do movimento brasileiro ?

" Não vai sem ajuda oficial. Competição de automóvel é atração turística. Seria preciso, portanto, que as autoridades responsáveis facilitassem ao corredor nativo a aquisição de carros, para poderem hombrear-se com o estrangeiro. A presença de corredores brasileiros nos autódromos internacionais, por outro lado, nos daria uma excelente qualidade de propaganda. Se isso for possível, estarei sempre à disposição para trabalhar, e mesmo, me esforçarei junto a uma das fábricas por fazê-los correr."
... Silva Ramos partiu, para continuar a correr o seu mundo apressado; continuará a voltar por aqui, para rever os amigos, até que um dia dê o estalo do Padre Vieira na cabeça de alguém do mundo oficial, que descubra a vantagem de proporcionar a este brasileiro, e a outros, a oportunidade de fazer içar a bandeira do Brasil nos certames mundiais. Porque Da Silva, enquanto for ignorado oficialmente, representa uma escuderia francesa ...

Ressucitando

Resolvi meus caros ressucitar esse blog pois uma das promessas que fiz para 2011 é de que eu iria continuar com todos os meus projetos...entao... eis que o blog muda de nome e de estilo também...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Elio de Angelis-The Black Prince...




Para se chegar ao topo da carreira na F1, muitas vezes os pilotos tinham que se sacrificar para conseguir esse intuito, se tornarem atletas, se desfazerem de vários prazeres da vida e se tornar uma pessoa que se mataria para conseguir uma ultrapassagem e vencer uma corrida de F3. Elio de Angelis não precisou usar desses artifícios para se tornar um dos pilotos mais populares dos anos 80, numa época em que a atmosfera do paddock da F1 cada vez menos via pilotos como esse italiano que era fumante, que não precisava pilotar para ser rico e tinha uma tocada leve como uma seda, mas isso não impediu que esse romano nos deixasse muito mais cedo do que imaginávamos.







Elio de Angelis nasceu no dia 26 de março de 1958 em Roma e era o mais velho de quatro irmãos. Sua família era extremamente rica, pois seu pai, Giulio, era dono de uma companhia que fazia barcos e por causa disso, o pequeno Elio tomou contato com a competição de alto nível bem cedo, pois Giulio era um dos mais pródigos pilotos de motonáutica da Itália. Elio de Angelis teve tudo do bom e do melhor em sua infância, tendo várias aulas de piano, se tornando um grande pianista. Elio também era um bom tenista, mas o vírus da velocidade o picou e De Angelis começou sua carreira no kart em 1972, quando contava com 14 anos e enfrentou pilotos como Eddie Cheever e Riccardo Patrese, que se tornou um bom amigo. Após conquistar seu primeiro título italiano de Kart em 1974, Elio de Angelis foi vice-campeão Mundial de Kart em 1975, perdendo o título para François Goldsteim, sem contar o bicampeonato italiano no mesmo ano. Em 1976, Elio conquistava o Campeonato Europeu de Kart e de repente a categoria tinha ficado pequena demais para o jovem italiano.


Elio dá o enorme pulo para a F3 Italiana em 1977 e não se arrepende. À bordo de um Chevron, De Angelis derrotou o seu compatriota Piercarlo Ghinzani e se tornou Campeão Italiano de F3 logo em seu primeiro ano no automobilismo com quatro vitórias. Elio também disputava o Campeonato Europeu da categoria e ele consegue um bom sétimo lugar, com destaque para o segundo lugar no prestigiado Grande Prêmio de Mônaco de F3, logo atrás de Didier Pironi. No final de 1977, De Angelis é convidado por Giancarlo Minardi para fazer algumas provas no Campeonato Europeu de F2 e o futuro chefe de equipe na F1 contrata o jovem italiano para o ano seguinte. De Angelis teria a disposição um motor Ferrari, mas a fábrica estava mais preocupada em desenvolver o carro de F1 e não entrega um bom motor para a equipe de Minardi, a Everest. Para piorar, o chassi escolhido pela equipe, o Chevron, não era páreo ao chassi March que em conjunto com os motores BMW, se mostraram uma combinação vencedora e Elio de Angelis não pôde mostrar seu talento na F2. Porém, no meio do ano Elio decide participar novamente do Grande Prêmio de Mônaco de F3 e debaixo de muita chuva (e polêmica), De Angelis vence a prova e coloca seu nome entre os futuros pilotos de F1.



A equipe Shadow estava tendo sérios problemas financeiros no final de 1978 e estava precisando desesperadamente de dinheiro. Elio de Angelis vinha tendo total suporte do seu pai, que estava dando todo o apoio possível para o filho e em setembro a Shadow ofereceu um teste para De Angelis. A equipe não esperava que um piloto-pagante colocasse 1s sobre Clay Regazzoni e De Angelis foi contratado para pilotar pela pequena equipe em 1979, apesar de também ter uma boa proposta da Tyrrell, na época com mais estrutura do que a Shadow. Com apenas 20 anos, Elio de Angelis se tornaria um dos pilotos mais jovens a pilotar um F1 e teria ao seu lado outro piloto jovem e muito promissor: o holandês Jan Lammers. Como esperado, o pouco financiado Shadow DN9 não era um carro capaz de aparecer no pelotão da frente, mas Elio faz uma estréia muito boa ao chegar em sétimo no Grande Prêmio da Argentina. Três corridas depois o italiano repetiria o resultado em Long Beach e Elio começava a despontar como um piloto do futuro, enquanto batia constantemente seu companheiro de equipe, Lammers.





Mesmo começando a se destacar, Elio de Angelis ainda era olhado com desconfiança pela F1 e o chamavam de piloto-pagante e filhinho de papai. Elio precisava provar que merecia estar na F1 por méritos próprios e na última etapa da temporada 1979, De Angelis finalmente consegue mostrar aos críticos que estava no local certo e consegue um improvável quatro lugar no Grande Prêmio dos Estados Unidos-Leste, no seletivo circuito de Watkins Glen e debaixo de muita chuva. Elio não apenas convencia a F1 que era um piloto a ser observado, como também era um excelente piloto debaixo de chuva. Colin Chapman tinha tido um ano extremamente frustrante em 1979 com seu Lotus 80 e nem de longe repetiu a dominação de 1978. Com a saída de Carlos Reutemann, o chefe de equipe aposta em Elio de Angelis.


Elio teria o Campeão Mundial Mario Andretti ao seu lado e logo na primeira corrida junto com o veterano americano, De Angelis larga na frente do campeão e na etapa seguinte, no Grande Prêmio do Brasil no antigo circuito de Interlagos, De Angelis surpreende ao conseguir um excelente segundo lugar, se tornando então o mais jovem piloto a subir no pódio na F1, só superado por Ralf Schumacher no Grande Prêmio da Argentina de 1997 e Fernando Alonso no Grande Prêmio da Malásia de 2003. Colin Chapman tinha perdido o patrocínio da Martini e agora teria o apoio da petroleira Essex para construir o Lotus 81. Porém, o modelo 81 não era tão rápido quanto Chapman esperava e a Lotus entra em parafuso, com De Angelis sofrendo quatro acidentes seguidos após o Grande Prêmio do Brasil e só marcaria pontos no Grande Prêmio da Áustria, já na metade final da temporada. Foi na corrida austríaca que De Angelis conheceria seu companheiro de equipe mais longevo: Nigel Mansell. O final de 1980 se prova um pouco melhor e De Angelis marca mais alguns pontos, terminando o campeonato na décima terceira posição.





Contudo, com a saída de Mario Andretti da equipe no final de 1980, Elio de Angelis assumiria a condição de piloto número 1 da Lotus a partir de 1981. Porém, a vida de Elio se complica quando Colin Chapman resolve revolucionar a F1 novamente com o Lotus 88. As demais equipes temiam por mais um carro ultra-vencedor de Chapman e fizeram de tudo, principalmente a Ferrari e a Renault, para que o carro não corresse em nenhum Grande Prêmio. Colin Chapman ficou uma fera, enquanto De Angelis e Mansell perderam a maior parte do campeonato. Na verdade, Elio não tinha gostado do carro, o achando muito inseguro e difícil de guiar. Tendo que recorrer a um carro mais convencional, o Lotus 87, Elio de Angelis mostra sua grande marca na F1: a sua pilotagem limpa e suave. Mesmo com um carro feito as pressas, De Angelis marca vários pontos em 1981 e termina o campeonato em oitavo, com 14 pontos. Elio, piloto clássico e cavalheiro, era o extremo de Mansell, bruto ao volante e estupidamente rápido. No final de 1981, a John Player Special voltava à Lotus e De Angelis praticamente se tornava símbolo da Lotus preta e dourada, ganhando até o apelido de Príncipe Negro.





Para 1982, a Lotus não teria a disposição os motores turbo, garantia de vitórias para as equipes de ponta da época e De Angelis só podia usar seu talento e sua constância para amealhar pontos ao longo do ano. No Grande Prêmio da Áustria, De Angelis larga entre os dez primeiros, o que era um verdadeiro feito, pois Zeltweg era uma pista extremamente veloz e era realizado em altas altitudes. Um prato feito para os carros turbo. Porém, um problema dos carros turbinados era sua confiabilidade bastante duvidosa e De Angelis fazia uma corrida de espera, ficando logo atrás dos carros turbo. Que foram caindo um a um. Faltando poucas voltas, o último representante dos turbos, o então líder Alain Prost, abandonou com o turbo quebrado. De Angelis assumiu a liderança, mas havia dois problemas sérios. O primeiro era que o italiano tinha que guiar pensando em economizar combustível, pois tinha guiado sempre forte durante a prova para ser o melhor dos aspirados. O outro, e talvez o mais perigoso, era a aproximação da Williams de Keke Rosberg. O finlandês estava brigando pelo título daquele ano, mas assim como De Angelis ainda não tinha conquistado sua primeira vitória na F1. No início da última volta finalmente Rosberg se aproximou e com seu estilo agressivo partiu para cima de Elio, que segurava o ímpeto do finlandês com seu talento e sua pilotagem sem erros. Na última curva, Keke tentou a ultrapassagem por dentro, mas perdeu impulso para e reta dos boxes e De Angelis venceu sua primeira corrida na F1 com 0.05s de vantagem para a Williams de Rosberg, numa das chegadas mais apertadas da história da F1.





Essa não era apenas a primeira vitória de Elio de Angelis, como também o primeiro triunfo da Lotus desde 1978. Como sempre, Colin Chapman invadiu a pista de Zeltweg (bem discretamente desta vez, pois podia ser atropelado!!) e jogou seu boné preto para o alto, comemorando como sempre fez numa vitória da Lotus. O que Chapman não sabia era que aquela seria sua última atirada de boné para o ar, pois morreria (?) no final de 1982. Com isso, Peter Warr assumiria as rédeas da equipe e Elio teria a disposição o motor Renault turbo para 1983. Foi um ano duro em que o italiano teve que desenvolver um carro totalmente novo, mas com a chegada de Gérard Ducarouge na metade de 1983, Elio passou a colher alguns frutos no final do ano e no Grande Prêmio da Europa, em Brands Hatch, consegue sua primeira pole. O ano de 1984 começa promissor com De Angelis conquistando a pole logo na primeira etapa, no finado autódromo de Jacarepaguá, mas logo fica claro que a McLaren dominaria o ano com Niki Lauda e Alain Prost. Porém, 1984 foi o ano dos carros ficando sem combustível no final das corridas e Elio de Angelis aproveitou sua tocada tranqüila para conseguir levar seu Lotus ao final de várias corridas, conquistando inúmeros pódios e se tornando o "melhor do resto", terminando o campeonato num excelente terceiro lugar. Esta seria sua melhor temporada!





Elio era o primeiro piloto da Lotus até 1985, quando apareceu na equipe um brasileiro atrevido que tinha impressionado a F1 em 1984. Ayrton Senna foi a sensação de 1984 e logo na sua estréia na F1, o brasileiro levou o regular Toleman-Hart a três pódios e chamou a atenção de todas as equipes grandes. A Lotus fez de tudo para trazer Senna para sua equipe, até mesmo brigou na justiça, e no final de 1984 Senna estava treinando no Lotus de número 12, em substituição a Nigel Mansell, que tinha ido para a Williams. Senna era um verdadeiro assombro em termos de velocidade e logo de cara superou Elio de Angelis nas Classificações, algo que dificilmente acontecia com Mansell. Porém, em ritmo de corrida De Angelis ainda se sobressaía e na terceira etapa, De Angelis consegue sua segunda vitória na F1. Senna tinha acabado de conquistar a primeira vitória de sua carreira em Portugal, com De Angelis andando muito tempo em segundo debaixo de muita chuva e em Ímola, Senna conquistava outra pole e dominou a corrida até a penúltima volta, quando ficou sem combustível. De Angelis, sabendo que também teria problemas com o combustível, diminuí o ritmo e se aloja no quarto lugar, ficando atrás de Prost e Stefan Johansson, que fazia sua segunda corrida na Ferrari. O sueco tinha acabado de assumir a liderança na última volta quando também ficou sem gasolina e Prost assumiu a liderança para receber a bandeirada. De Angelis cruzou 38s atrás do francês e balançando seu carro, já sem gasolina. Após a prova, o carro de Prost estava abaixo do peso mínimo (a McLaren esqueceu de calcular a gasolina...) e De Angelis não apenas ganhava pela segunda vez na carreira, como assumia a liderança do campeonato.





Tudo ia muito bem para De Angelis até então, quando ele partiu para um teste em Paul Ricard em junho de 1985. Ainda líder do campeonato e com o dobro de pontos de Senna, De Angelis fica uma fera quando se vê desamparado pela equipe, que tinha sido conquistada por Senna nos bastidores. "Fui deixado de lado pela Lotus. Houve críticas à minha pilotagem, por eu ser bem mais cauteloso que Senna. Mas o fato é que eu liderava o Mundial, à frente de Prost e Alboreto. O problema foi que, quando cheguei no circuito, só me deixaram dar três voltas. Imagine, no dia em que eu era o líder do campeonato, me deixaram num canto como um novato qualquer", desabafou o piloto no fim daquele ano. Após anos lutando pela Lotus, perdendo até mesmo um tempo precioso de sua carreira para desenvolver os carros da equipe, De Angelis se sentiu traído pela equipe. O italiano aceitou ser segundo piloto de Senna, mas tinha decidido naquele momento que 1985 seria sua última temporada na Lotus. Para aumentar a mágoa de Elio, durante o Grande Prêmio da África do Sul Senna lhe deu algumas fechadas durante uma disputa de posição e por ironia do destino os dois abandonaram com poucas voltas de diferença. Mesmo sendo considerado um dos últimos "gentleman-drivers" da F1, aquilo tinha sido demais para De Angelis e o italiano partiu para cima de Senna quando chegaram aos boxes, com o italiano chegando a dar um empurrão no brasileiro. "Fiquei tão puto que quase quebrei a cara dele depois, nos boxes. Acho que o que aconteceu mostra bem o seu caráter. Ele é uma pessoa estranha, com uma atitude estranha em relação a mim".





No final de 1985 Elio conseguia a vaga na Brabham no lugar de outro desafeto seu: Nelson Piquet. Dizem que Piquet saiu da Brabham por que Bernie Ecclestone tinha se recusado a aumentar seu salário, enquanto Senna ainda fazia das suas na Lotus, vetando Derek Warwick na equipe. De Angelis teria ao seu lado na Brabham o seu amigo Riccardo Patrese e estrearia mais um projeto radical de Gordon Murray: o Brabham BT55. Excessivamente baixo, o carro ganhou o apelido de "skateboard", mas tinha problemas sérios de alimentação e mesmo sendo extremamente rápido nas retas, era um horror fazendo curvas. De Angelis não se adapta ao carro e não larga nenhuma vez entre dez primeiros, só completando a primeira etapa, no Brasil.





Após mais uma corrida desapontadora em Monte Carlo, onde Elio de Angelis tinha largado em último, a Brabham partiu para Paul Ricard para uma sessão de testes, juntamente com outras equipes. Riccardo Patrese era o encarregado de fazer os testes na França, mas De Angelis, insatisfeito com seus resultados, pediu a Brabham para fazer o teste e a equipe aceita o pedido sem problemas. O teste corrida bem até que a asa traseira de Elio quebra na curva Verrerie, a 290 km/h. Ao passar por uma ondulação, o Brabham alçou vôo e começou a capotar, passou por cima de um guard-rail e pousou de cabeça para baixo, rente ao guard-rail. As únicas pessoas que viram o acidente foram dois mecânicos da Benetton, que estavam nas proximidades aferindo a velocidade dos carros. Elio ficou preso dentro do carro e para piorar, o turbo começou a pegar fogo. A primeira pessoa a chegar perto do Brabham foi Alan Jones, que parara seu carro para tentar ajudar. "Não pude fazer nada, eu apenas fiquei balançando as mãos. Foi horrível," lembra o australiano. Logo depois Alain Prost e Nigel Mansell se juntaram a Jones na tentativa de virar o carro, enquanto o incêndio aumentava. O primeiro comissário de pista chegou dez minutos depois, usando uma camiseta e um short e seu despreparo era tão grande que ele jogou todo o pó químico do extintor no cockpit do carro.





Os mecânicos da Brabham, juntamente com Gordon Murray, foram ao local do acidente e por incrível que pareça, o carro estava praticamente intacto e Elio só estavam com uma clavícula quebrada e pequenas queimaduras nas costas. Mas a fumaça que se instalou no cockpit, juntamente com a demora de 30 minutos para se chegar um helicóptero para levar De Angelis ao hospital de Marselha se mostraram fatal. Na noite do acidente de Elio, Syd Watkins foi chamado por um cirurgião no hospital de Marselha e o médico da FIA foi informado que Elio tinha sofrido uma lesão cerebral volumosa e a situação era desesperadora. No dia seguinte, 15 de maio de 1986, Elio de Angelis nos deixou. Foram 108 Grandes Prêmios, duas vitórias, três pole-positions, nove pódios e 122 pontos.





Como resultado da tragédia, a FISA resolveu aumentar a segurança também nos testes particulares e a ironia disso era que Elio não era muito fã destes testes, chegando a declarar que os três dias quem compunham um final de semana de Grande Prêmio bastavam para acertar o carro. Após a morte do seu piloto, Ecclestone contrata Derek Warwick, que também tinha tido problemas com Senna e, dizem, foi o único piloto que não ligou para o chefão da Brabham atrás do cockpit deixado por De Angelis. Elio era bastante atuante na GPDA e durante a famosa greve que se abateu no Grande Prêmio da África do Sul em 1982, Elio de Angelis ficou tocando piano para os demais pilotos num hotel, escondido dos chefões da F1. Elio de Angelis foi a última morte da F1 antes do trágico final de semana em Ímola, oito anos depois. Infelizmente, Elio não pôde continuar sua promissora carreira por mais alguns anos e nos deixou com apenas 28 anos de idade, mas seu capacete branco na Lotus preta continua marcada na memória de todos que amam a F1.


Extra Campeonato:Pilotos de F-1 campeões que ja disputaram a Indy500

Agora resolvi retormar esse blog apos um longo tempo sem ter o que postar.Eis que resolvo voltar em grande estilo: um post especial sobre os pilotos que foram campeões e que disputaram a Indy500.

Começando em grande estilo com Jim Clark:


                                                     Lotus 64 Cosworth - Clark - Indy 500



1967 Eagle Ford - Rindt

Indy - Andretti


Não em um piloto mas o carro vale a pena
Lotus 96-1986


Indy-Andretti


Graham Hill
1968

                                                    Não é um campeão mas vale o registro
                                                        1971 Dennis Hulme Mc Laren M16


1977 Indy: C.Regazzoni


Nigel Mansell (Grã-Bretanha) com Paul Newman e Carl Haas



Newman-Hass

Lola-Ford

1993 Indinapolis 500


Tenho certeza meus caros que existem mais pilotos(ex:Emerson Fittipaldi) mas foram essas as fotos melhores que eu encontrei para ilustrar,caso queiram ajudar de um pulinho nos coments.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Lola T97/30


A história da Lola Cars na F1 foi recheada de sucessos e alguns contratempos. No entanto, existe um carro que irá marcar para sempre o fim desse ciclo e que é considerado por alguns, como o maior desastre da F1. Esse carro é o Lola T97/30 e foi construído pela equipa Mastercard Lola para participar no campeonato de 1997.
A construção desse carro começou em 1994, quando um projeto para um chassi radical foi criado e uma proposta para uma equipa oficial Lola foi lançada, para o campeonato de 1995. Para validação dessas intenções e para não repetir o desastre que tinha sido o Lola T93/30 (utilizado pela equipa BMS Scuderia Italia em 1993), um protótipo, o Lola T95/30, foi construído e testado por Alan McNish. No entanto, visto que os tempos marcados por esse protótipo tinham sido bastante fracos e desanimadores, em conjunto com a falta de fundos para financiamento do projeto, o mesmo foi arquivado.


No entanto, um ano depois (em Novembro de 1996), o projecto foi reativado. Mesmo enfrentando uma patente falta de fundos (devido a vários anos problemáticos na F3000, com a concorrência cada vez mais feroz da Reynard), a Lola decidiu jogar a “cartada final” num financiamento através de um esquema planeado pela Mastercard. Esse plano consistia na criação de um clube Mastercard, ao qual os sócios se associariam e que teriam acesso a diversas regalias relacionadas com a equipe de F1 (Lola F1), sendo que os valores desse esquema rondariam os 35 mil dólares.Além disto, um contrato com a Ford para fornecimento de motores V8 Ford Zetec-R (garantindo unidades que tinham sido utilizadas pela Forti-Corse no ano anterior, mas que eram seguras ao nível da fiabilidade) tinha sido conseguido, juntamente com um contracto com a Bridgstone para fornecimento de pneus.
Inicialmente, este projeto previa apenas a inscrição da equipa no campeonato de 1998, dando assim um espaço bastante alargado para construção e teste dos carros . No entanto, a Mastercard pressionou a Lola para que a equipa entrasse no campeonato de 1997, apressando toda a preparação técnica da equipe. Como resultado, a equipa iniciou a construção do Lola T97/30 a 5 de Novembro, tendo apenas 3 meses para se apresentar no GP da Austrália de 1997, com 2 carros competitivos…nunca tal seria possível, em tão pouco tempo.


Apesar da confiança da equipa e dos seus elementos no sucesso deste projeto, havia alguns fatos que denunciavam algum amadorismo no que se diz o desenvolvimento do carro, tal como o fato de o Lola T97/30 nunca ter sido testado num túnel de vento, por não haver tempo para tal. O Lola T97/30 foi oficialmente lançado a 20 de Fevereiro de 1997 (no Hotel Hilton, em Londres), deixando espaço apenas para um shakedown e pouco mais, antes de ser transportado para a Austrália, para a primeira prova do campeonato. No entanto, mesmo esse shakedown bastou para verificar que o carro estava sub-desenvolvido e era horrivelmente lento em comparação com os seus adversários.

Apesar disso, só após a chegada ao GP da Austrália é que se teve a confirmação da farsa: os carros pouco ou nada tinham evoluído do protótipo T95/30, as caixas de velocidades tinham bastante falhas e a aerodinâmica dos carros estava totalmente errada! Os carros não conseguiam ganhar tração, quer através da mecânica, quer através da aerodinâmica, não conseguindo colocar os pneus na temperatura ideal de funcionamento. Os carros também tinham demasiado arrasto em linha recta, comprometendo a velocidade de ponta, mas ao mesmo tempo, não tinham aderência em curva, comprometendo também a velocidade em curva! Com todas estas falhas fundamentais, o carro tornou-se a piada do paddock…


No primeiro dia de treinos livres (Sexta-Feira), houve problemas para balancear os carros, resultando em tempos de 1m41s, tanto para Vincenzo Sospiri como para Ricardo Rosset (pilotos principais da equipe), apenas 9 segundos mais lentos que o tempo mais rápido. No segundo dia, (Sábado), os carros ainda foram mais lentos, atingindo o 1m44s, 16 segundos mais lentos que o tempo mais rápido…Na qualificação, o tempo dos Lola andou pelo 1m42s, 13 segundos mais lento que o tempo mais rápido de Jacques Villeneuve. Os Lola T97/30 conseguiam ser inclusivé mais lentos que os F3000 mais rápidos do pelotão!

Depois desta performance medíocre, a Lola retornou a Huntington, para se preparar para a próxima corrida, no Brasil. Além disso, novas peças e maiores desenvolvimentos estavam previstos para o futuro, bem como um motor V10, desenhado pela Al Melling e construído pela própria Lola. No entanto, quando a data da 2ª prova chegou, os pilotos (que já tinham viajado para o Brasil) descobriram pelos jornais que o esquema de financiamento tinha fracassado e tinha levado à bancarrota toda a operação. Visto que a Mastercard se recusava a financiar a Lola F1 e as dividas da mesma tinham atingido os 6 milhões de libras, esta foi obrigada a fechar portas e a entregar todo a material.


Posteriormente, a Lola Cars (empresa mãe da Lola F1) passou por tempos bastante complicados, entrando numa espiral descendente, de onde praticamente era impossível sair, até que Martin Birrane salvou a empresa da falência e a reanimou, estando esta presente nos dias de hoje nos Sport-Protótipos, onde tem projectos bastante interessantes e ambiciosos.


No entanto, toda esta operação serve para relembrar que a preparação cuidada é um dos pontos mais importantes da criação de uma nova equipe de F1 e que sem tal, nenhum projecto terá o sucesso devido.

1993- O carro de outro mundo versus o piloto de outro mundo

A temporada de 1993 foi mais competitiva e mais espectacular que se previa. A supremacia Wiliams –Renault não foi tão evidente como se esperava, face à concorrência mais eficaz que na época anterior.


 Na África do Sul, Alain Prost obtinha a sua 45º vitória em GPS. E o novo MP/8 de Ayrton Senna (2º) chegou a liderar durante 23 voltas e o novo recruta da Ligier (JS35), Mark Blundell obteve o seu primeiro pódio.



Estrearam na F1: Michael Andretti, Luca Badoer e Rubens Barrichello. No dilúvio no Brasil, simplesmente Ayrton que deu a 100º vitória à Mclarem e Danon Hill (2º) obtém o seu primeiro pódio na F1.



 Em Donington. Corria-se o GP da Europa, o pódio brasileiro repetia-se e Alain Prost era (3º).Perante mais uma justificação de Alain Prost para a falta de uma vitória, Ayrton apesar da vitória, diria: “Porquê que você não troca de carro comigo”.



Em San Marino, Damon Hill, domina a prova, mas é o seu companheiro da equipa, Alain Prost que chega à vitória “Se o Damon não abandonasse, eu não ganharia, e ele ganhava”. A Ferrari anunciava a contratação de Jean Todt para diretor esportivo para 1994.



No histórico circuito do Mónaco, Alain Prost faz a pole, mas queima a partida e é penalizado (4º). Schumacher lidera parte da prova mas é Ayrton que obtém a sua sexta vitória no circuito monegasco.



Alain Prost vence no Canadá após a 7ª pole consecutiva e Schumacher (2º) satisfeito com a sua prova afirmou “Poder lutar com alguém com ele é bom sinal”. James Hunt, campeão mundial de 1976 e então comentarista da BBC, faleceu dois depois da realização da prova canadense, em virtude de ataque cardíaco em sua casa.



Na França Damon Hill, é vítima da troca de pneus perdendo a liderança para Alan Prost que vence o GP. No GP da Inglaterra, Hill volta a passar pelo comando, mas é Prost que vence de novo e J.Herbert num pouco competitivo Lotus (4º), estava feliz no final da prova “Um dia ainda chego ao pódio”.



Em Hockenheim, a cena habitual, Hill domina e Prost ganha, só que o piloto inglês abandona a duas voltas do fim. E diria que “Isto foi um milhão de vezes pior do que Silvestorne”.Finalmente a vitória mais que justa para Damon Hill no GP da Hungria, Ricardo Patrese (2º) obtêm o melhor resultado de sempre e Gerhard Berger um excelente pódio (3º) após a uma operação ao cotovelo esquerdo.



Em SPA, Damon Hill, vence e convence na comemoração do título da Wiliams, Schumacher obtém um sensacional 2º à frente de Prost e Jonnhy Herbert (5º) que termina nos pontos após um violento acidente que nos treinos afectou o seu companheiro da equipa Alex Zanardi que passou muito perto da tragédia”Tive a sensação que o meu cérebro não estava ligado ao corpo porque não podia mexer braços e pernas”.



 Em Monza a sorte dos pilotos da Wiliams muda, agora é Prost que domina e Hill que obtém a terceira vitória consecutiva e Pedro Lamy após uma semana intensa de negociações estreia-se na F1 e termina o GP em 11º o piloto português diria no final “Ainda é o carro que me leva”.



Ayrton Senna assina contrato com a Wiliams, Frank afirmava: “Sempre quis ter o Ayrton na minha equipa porque ele é um extraordinário campeão. Falamos disso há dez anos” O norte americano, Michael Andretti sobe ao pódio (3º) no melhor resultado da época.



No Estoril, Michael Schumacher é o vencedor numa prova em que Jean Alesi domina a parte inicial, Alan Prost é 2º e anuncia a retirada da F1.


O piloto francês estava encantado com o comportamento do Ferrari : “Nem podia acreditar. Era bom demais. Depois de tanto tempo era quase irreal”. E Michael Andretti anunciava alguns dias depois o regresso à Cart após uma passagem discreta pela F1.



Ayrton Senna, vence no Japão perante um dilúvio que se abateu sobre a pista demonstrando que continuava imbatível nessas condições. Mika Hakkinen (3º) obtém o seu primeiro pódio na segunda corrida ao serviço da Mclarem. A Jordan obtém os primeiros pontos do campeonato: Ruben Barrichello (5º) e Eddie Irvine(6º). Ayrton Senna termina o ano como começou ganhando no GP. Da Austrália.





 Mundial de Pilotos:

1º A.Prost (F) 99;
2ºA.Senna (BR) 73;
3ºD.Hill (GB) 69;
4ºM.Schumacher (D) 52 ;
5ºR.Patrese (I) 20;
6ºJ.Alesi (F) 16;
7ºM.Brundle (GB) 13;
8ºG.Berger(AUS) 12;
9ºJ.Herbert (GB) 11;
10ºM.Blundell (GB) 10;
11ºM.Andretti (USA) 7;
12ºK.Wendlinger (AUS) 7;
13ºC.Fitipaldi (BR) 5;
14ºJ.J.Letho (SF) 5;
15ºD.Warwick (GB) 4;
16ºM.Hakkinen (SF 4);
17ºF.Barbazza (I) 2;
18ºR.Barrichello (BR) 2;
19ºP.Alliot (F) 2;
20ºE.Irvine (GB) 2;
21ºA.Zanardi (I) 2;
 22ºE.Comas (F) 1.

Mundial de Construtores:

1ºWiliams 168;
2ºMclarem 84;
3ºBenetton 72;
4ºFerrari 28;
5ºLigier 23;
6ºLotus 13;
7ºSauber 12;
8ºMinardi 5 ;
9ºFootwork 4;
10ºLaurosse 3
 11ºJordan 3